MENSAGENS
DISPOSIÇÃO POR DEUS
Pedro era um discípulo muito amado por Jesus. Afoito, era sempre o primeiro a responder, a declarar seu amor por Jesus.
Chegou a dizer algumas vezes: _“Estou disposto a dar minha vida por Ti, Senhor”, ao que Jesus respondeu: _ “Que bom Pedro, no meu reino vou fazer de você vaso de honra. Sobre você vou edificar a minha Igreja. Nas tuas mãos entrego as chaves do reino dos céus. Vou derramar o Espírito Santo sobre você de tal forma que, à sua sombra, os doentes ficarão curados, os mortos ressuscitarão...pela tua pregação, milhares se converterão!” Então Pedro, cheio de alegria por poder servir ao Senhor, agradeceu a escolha de Jesus sobre ele dizendo: _“Senhor, vou fazer o meu melhor, tu não vai se decepcionar comigo!”.
Jesus acrescentou: _”Eu sei disso, Pedro, conheço o teu amor por mim, sei que fiz uma boa escolha”. Mas ainda não terminei: por causa de mim e do evangelho, vão prender você, torturá-lo, e o crucificarão de cabeça para baixo!”.
Pela primeira vez Pedro pensa um pouco antes de falar e responde: “Senhor, eu agradeço muito a escolha que fizeste sobre mim, me sinto mesmo honrado com tudo isso, mas estive pensando...há tantos outros mais capazes do que eu...João... talvez Mateus...
Moral da história: Somos afoitos, ousados, queremos ser os primeiros quando percebemos que podemos ser elogiados, recompensados. Mas quando o sofrimento se nos apresenta, então queremos ser os últimos.
A CRUZ
Um senhor servia-se da pesca para viver. Hábil com as redes, trazia seu barco cheio de peixes que vendia na comunidade.
Certa vez recebeu uma proposta tentadora: Pescar com um grande barco em alto-mar e trazer peixes de grande porte, porém deveria trazê-los vivos e saudáveis.
A primeira tentativa foi um sucesso, pescou grande quantidade. O problema é que os peixes, confinados num tanque no casco do barco, mesmo em água do mar, morreram ou chegaram à praia doentes.
Um especialista detectou o problema: no confinamento, por falta de motivação, os peixes mordiam-se mutuamente. Uns comiam a ração dos outros; enquanto uns engordavam muito, outros passavam fome. A água ficava contaminada pela sujeira das fezes, do sangue, dos restos de ração. As doenças proliferaram, por isso muitos peixes morreram antes de chegarem à terra. Então veio a sugestão: vamos colocar no meio deles um predador e esperar para ver o que acontece.
Assim fizeram. Na próxima pesca, colocaram no tanque um tubarão. Trinta dias depois, quando regressaram à praia, foram verificar o resultado da experiência: Os peixes pequenos haviam desaparecido, com certeza tinham se tornado refeição para o tubarão. Os maiores, de tanto fugir do predador, chegaram vivos e saudáveis à praia.
Moral da história: A cruz é necessária em nossas vidas. É ela que nos motiva a ir ao encontro de Jesus, a fazer a sua vontade cada dia. É ela a nossa saúde espiritual. Sem a cruz somos mornos na fé; acabamos inventando problemas e atrapalhando a vida dos outros.
TIRANDO O BEM DO MAL
HAVIA UM HOMEM POBREZINHO que dava duro trabalhando muito, todos os dias.
Seu confessor, o padre da comunidade local sempre o escutava e o aconselhava com sabedoria, a respeito das dificuldades da vida.
Algumas vezes seu Zé ia à confissão só para desabafar um pouco. Manifestava ao padre seu desejo de construir uma casa grande, o suficiente para abrigar a numerosa família que possuía, já que no pequeno barraco era impossível. Mas qual, isso era só um sonho! O pouco que ganhava com longas horas de trabalho mal dava para o sustento da casa.
O padre, seu amigo, sempre procurava animá-lo com as mesmas palavras que seu Zé já sabia de cor: - “tem paciência, seu Zé, um dia a providência divina vai mandar as pedras para sua construção”.
Passou-se o tempo. Aconteceu num daqueles dias em que até Deus pareceu esquecer-se do pobrezinho. Houve um assalto num bairro e, para tristeza do seu Zé, o identificaram como o autor do assalto. Logo o seu Zé que sempre vivera honestamente, embora a grande dificuldade que passava. Nada foi comprovado, mas a vizinhança, que já há muito não sabia o que fazer para ficar livre daquele vizinho indesejado, começou a atirar pedras em sua casa à noite, para não serem reconhecidas. Era um tormento. Sem saber o que fazer, seu Zé foi aconselhar-se com o padre, e como sempre, ouviu as mesmas palavras.. “paciência, seu Zé; Cada pedra que jogarem contra a sua casa, recolha em silêncio e a guarde.”
Passou-se um tempo e nada dos vizinhos perderem o ânimo: todos os dias, novas pedras.
Seu Zé, que já era acostumado ao trabalho pesado durante o dia, no silêncio da noite agora recolhia pedras. Afinal, era melhor que enfrentar os vizinhos ou, pior, ter que mudar sabe-se lá pra onde.
Organizado como era, para não deixar as pedras espalhadas pelo quintal começa a colocá-las uma sobre a outra e, em pouco tempo, lá estava um muro, coisa que há muito tempo ele havia planejado.
Os vizinhos que acharam aquilo espantoso, com mais vontade ainda arremessavam suas pedras noturnas.
Um belo dia, quando deram conta, seu Zé lá estava com uma casa levantada – e que casa! Como poderia? Logo o seu Zé que trabalhava de dia para comer de noite. Com certeza era material roubado! - arriscava algum vizinho - Seu Zé não se defendia. Até parece que gostava.
Não demorou muito o padre ficou sabendo das conversas e chama seu Zé. Seu Zé muito tranqüilo, com um ar de agradecido explica ao padre: “padre, devo tudo ao senhor! Quando o senhor me mandou recolher as pedras, não sabia o que fazer com elas e construí um muro. Como as pedras não paravam de cair comecei a levantar uns cômodos que precisava e deu até para construir toda a casa . Só tenho a agradecer a Deus primeiramente, ao senhor que me instruiu e aos meus vizinhos que foram a mão da providência para me ajudar a construir a casa que tanto pedi a Deus”.
Moral da história: a sabedoria nos ensina que sempre podemos tirar um bem maior de todo mal que nos acontece.
A CASA DOS MIL ESPELHOS
Tempos atrás, em um distante e pequeno vilarejo, havia um lugar conhecido como a casa dos mil espelhos.
Um pequeno cão que não era muito feliz soube desse lugar e decidiu visitá-lo. Lá chegando, escalou lentamente as escadas e olhou através da porta. Quando viu mil olhares hostis de cães que olhavam fixamente rosnou, mostrou os dentes e ficou horrorizado ao ver mil cães rosnando e mostrando os dentes para ele. Quando saiu, pensou: “que lugar horrível, nunca mais volto aqui”.
Nesse mesmo vilarejo, outro pequeno cãozinho que era muito feliz, diferente do primeiro, decidiu visitar a casa. Lá chegando, saltitou feliz escada acima até a entrada da casa. Olhou através da porta de entrada com suas orelhinhas bem levantadas e a cauda balançando tão rapidamente quanto podia. Para sua grande surpresa, deparou com outros mil pequenos e felizes cãezinhos, todos com a cauda balançando tão rapidamente quanto a dele. Abriu um enorme sorriso e foi correspondido com mil enormes sorrisos.
Quando saiu da casa, pensou: “que lugar maravilhoso! Voltarei sempre, um montão de vezes”.
“SORRÍ PARA AS PESSOAS E ELAS SORRIRÃO PARA VOCÊ, POIS É DANDO QUE SE RECEBE”
A HISTÓRIA DO VASO RACHADO
Um certo senhor muito rico e muito bondoso, gostava de cuidar e enfeitar suas propriedades cultivando flores variadas.
Certa vez contratou ao seu serviço dois vasos. Reparou que um deles era rachado mas não se incomodou com isso. Explicou-lhes o trabalho. Eles deveriam ir muitas vezes ao rio e buscar água para encher os potes grandes da casa. Para isso dava-lhes um animal que lhes carregava. Um vaso vinha dum lado do animal e outro do outro lado.
Quando começaram o trabalho, o vaso rachado começou a entristecer-se porque, como era rachado, a água que pegava no rio esvaziava-se pelo caminho. Chegando a casa quase não havia mais água para colocar no pote. Pior ainda era suportar os olhares de gozação do vazo colega que se mostrava todo faceiro ao encher o pote rapidamente.
Assim passaram-se os anos. Um belo dia o patrão volta e dá uma olhada pela propriedade. Achou-a encantadora. Chamou os dois vasos para agradecer-lhes o belo trabalho que, juntamente com tantos outros vasos eles realizaram. Foi aí que notou a ausência daquele vaso rachado. Procurou por ele e encontrou-o escondido, envergonhado. O patrão quis saber o motivo. Depois de muita insistência, o vaso rachado confessou: “Meu patrão, o senhor me contratou para ajudar a cuidar da sua propriedade, me mandou encher os vasos de água e como sou um vaso rachado, não cumpri fielmente com minhas obrigações...”, O patrão respondeu; “Quem disse que você não cumpriu com suas obrigações? Venha ver: olhe todo o caminho por onde você passou todos os dias, durante esse período, derramando a água pela sua rachadura..” . Foi aí que o vaso rachado percebeu: quando ele havia chegado ali, não havia flores pelo caminho. Exatamente do lado do animal que ele ficava, o caminho estava todo florido. Sem perceber ele cumpriu exatamente sua missão: derramando água pelo caminho ele regava as flores anteriormente semeadas pelo patrão. Percebeu também que do lado oposto do animal não havia flores e o patrão mais uma vez explicou: “Ele foi contratado para outra função!”
Moral da história: todos somos úteis e temos as nossas capacidades únicas
O AMOR E O VELHO BARQUEIRO
Chegando, afinal à margem do grande rio, o Amor avistou três barqueiros que se achavam, indolentes, recostados às pedras. Dirigiu-se ao primeiro:
-Queres, meu bom amigo, levar-me para a outra margem do rio?
Respondeu o interpelado, com voz triste, cheio de angústia: -Não posso, menino! É impossível para mim!
O Amor recorreu, então, ao segundo barqueiro que se divertia em atirar pedrinhas ao seio tumultuoso da correnteza.
_Não. Não posso – respondeu secamente.
O terceiro e último barqueiro, que parecia o mais velho, não esperou que o Amor viesse pedir-lhe auxílio. Levantou-se tranqüilo e estendendo-lhe, bondoso, a larga mão forte, disse-lhe:
-Vem comigo, menino! Levo-te sem demora para o outro lado. Em meio da travessia, notando o Amor a segurança com que o velho barqueiro navegava, perguntou-lhe:
-Quem és tu? Quem são aqueles dois que se recusavam a atender ao meu pedido?
-Menino – respondeu, paciente, o bom remador – o primeiro é o Sofrimento, o segundo é o Desprezo. Bem sabes que o Sofrimento e o Desprezo não fazem passar o Amor.
-E tu, quem és afinal?
-Eu sou o Tempo, meu filho – atalhou o velho barqueiro. –Aprende para sempre a generosa verdade:Só o tempo é que faz passar o amor!
E continuou a remar, numa cadência certa, como se o movimento de seus braços possantes fosse regulado por um pêndulo invisível e eterno. Sofrimento, Desprezo... Que importa tudo isso ao coração apaixonado? O Tempo e só o Tempo, é que faz passar o Amor.
O SÁBIO
Numa cidadezinha havia um sábio que todos costumavam consultar em situações diversas.
Um homem apareceu na cidade investigando acerca daquela cidade que – dizia ele – parecia um bom lugar pra se morar – mas como mudança não é coisa que se faça na dúvida, aconselharam-no a procurar o sábio antes de tomar tal decisão.
Chegando à casa do sábio, pergunta-lhe sobre os moradores dessa cidade se são bons ou ruins de convivência, pois queria se instalar alí e viver em paz seus dias. Foi então que o sábio, após refletir na pergunta, diz: Como são os moradores da sua cidade? Ao que respondeu o forasteiro: São ruins, egoístas, mal-educados, gente grossa! O Sábio, após olhá-lo demoradamente, respondeu: Aqui é igual.
Alguns dias depois, outro visitante querendo também se estabelecer na cidade, vem fazer a mesma pergunta ao sábio, que lhe questiona: Como são os moradores da sua cidade? – São ótimos, pena que eu tenha que deixá-los! Ao que o sábio responde prontamente: Aqui é a mesma coisa!
Seus discípulos ficam intrigados com sua dupla resposta e resolvem questioná-lo: - Senhor, sabemos que és um homem prudente e sábio mas não entendemos porque agiste assim, dando respostas diferentes sobre a mesma questão? Com um sorriso tranqüilo, de quem fez a coisa certa, responde o sábio: “Cada um recebe aquilo mesmo que dá!”
A SUCATA
Num montão de sucata, os ferros começaram a se lamentar de sua situação. Diziam: - Coitados de nós, somos os últimos, não servimos pra nada! Ninguém nos olha! Os outros ferros são úteis, enfeitam salas, as pessoas os admiram, servem pra tanta coisa e nós aqui, enferrujando!
Foi então que um deles se levantou e quis tomar atitude: - Vamos falar com o nosso dono que não queremos mais ser simples sucatas, queremos urgente que nos transforme em algo melhor, útil, bonito como tantos outros materiais!
E com essa resolução foram falar com o seu senhor.
-Tá bom, disse o senhor.
Lá foi o senhor e aqueceu bem o forno e o apontou para o líder da turma. O líder não entendeu e quis explicações. Foi então que o senhor explicou: - Você não quer ser algo melhor, útil, admirado por todos? Eis a oportunidade. Entre no forno. Você só pode deixar de ser sucata e ser algo melhor entrando no forno, sendo totalmente derretido, aí sim, poderei transformá-lo em algo admirável”. Ao que respondeu o líder dos ferros: - “Mas senhor, eu não suporto calorias, não posso nem sequer passar perto de fogo!
Respondeu o senhor: - A decisão é tua! Se você entrar nessa fornalha, ao sair dela deixará de ser sucata e terá uma nova vida. Servirá pra muita coisa. Se não entrar na fornalha continuará sendo sempre sucata e acabará enferrujado, pra nada mais servirá.
Reuniram-se então os ferros e discutiram entre si o que seria melhor. A maioria chegou a conclusão de que não valia a pena sofrer tanto na fornalha e que, a bem da verdade, era até legal ser sucata: durante a noite contemplavam o brilho das estrelas, contavam piadas e ainda se refrescavam com o orvalho da noite...
Quaresma é deixar-se modelar, ainda que exija sacrifícios; é saber que sempre há necessidade de “voltar ao forno”,aquecer-se de novo,ser derretido para ter nova vida.
Semana Santa é compreender, pela meditação, que alguém “entrou no forno” em nosso lugar para que pudéssemos ser homens novos, salvos do pecado, e para que pudéssemos ter acesso à vida eterna, junto do Pai.
Obrigada Jesus por sua morte e ressurreição!